Esse novo modelo de aeronave, com a capacidade de transportar até uma tonelada, demonstrou um desempenho notável durante o teste. A partir de um único abastecimento de hidrogênio líquido, a aeronave conseguiu voar continuamente por um período entre quatro a cinco horas, cobrindo uma distância estimada entre 800 e 1.000 quilômetros a uma velocidade média de 240 quilômetros por hora. Essas características ressaltam a eficiência do hidrogênio líquido em comparação com os combustíveis fósseis e as baterias de lítio, que, conforme destacam especialistas, possuem limitações em condições climáticas adversas.
De acordo com Li Yongxin, engenheiro-chefe da empresa que desenvolveu a tecnologia, o uso de hidrogênio líquido se mostra uma alternativa valiosa e ecologicamente correta, especialmente em ambientes de temperaturas extremamente baixas. Enquanto as baterias de lítio enfrentam significativas perdas energéticas em tais condições, o hidrogênio líquido mantém sua capacidade de operação eficiente.
O voo de teste simboliza um avanço promissor para a integração do hidrogênio líquido no setor de aviação, abrindo caminho para a adoção mais ampla dessa tecnologia limpa. Além disso, especialistas sugerem que essas aeronaves têm potencial para contribuir em várias áreas, como combate a incêndios, transporte logístico e até mesmo na agricultura, incluindo atividades como irrigação e colheita.
A Administração de Aviação Civil da China (CAAC) projeta um crescimento vertiginoso no mercado de aviação de baixa altitude, prevendo que o setor passará de 500 bilhões de yuans (aproximadamente R$ 414 bilhões) em 2023 para impressionantes 1,5 trilhões de yuans (cerca de R$ 1,2 trilhões) em 2025, com uma expectativa que alcançará 3,5 trilhões de yuans (aproximadamente R$ 2,8 trilhões) até 2035. Este cenário revela a crescente importância e a rápida evolução da economia de baixa altitude no país, sinalizando um futuro onde a tecnologia e a sustentabilidade caminham lado a lado.