China Protesta Contra Presença de Defensores da Independência de Taiwan no Parlamento Europeu e Reafirma Princípio da “Uma Só China”

Recentemente, a China manifestou sua forte indignação e apresentou um protesto formal à União Europeia devido à presença de defensores da independência de Taiwan em um evento no Parlamento Europeu. A controvérsia se intensificou em 7 de novembro, quando a vice-chefe da administração de Taiwan, Hsiao Bi-khim, e outros representantes defenderam a autodeterminação da ilha em uma conferência, atitude que Pequim considera uma promoção de atividades separatistas.

O governo chinês enfatizou que a postura da UE prejudica os interesses fundamentais do país e viola o princípio de uma só China, o qual exige que todos os países que mantêm relações diplomáticas com Pequim reconheçam Taiwan como parte integrante do território chinês. A embaixada chinesa ressaltou, em um comunicado, que tais ações interferem nos assuntos internos do país, abalando a confiança política entre a China e Bruxelas.

As relações entre a China e Taiwan tornaram-se particularmente tensas após a visita da ex-presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha em agosto de 2022. Esse evento foi amplamente condenado por Pequim, que o interpretou como um sinal de apoio ao separatismo taiwanês, resultando em uma intensificação da atividade militar de ambas as partes na região.

Historicamente, as relações oficiais entre o governo central da China e as autoridades de Taiwan foram severamente afetadas após a vitória comunista na guerra civil em 1949, que levou ao rompimento dos laços formais. O diálogo só foi retomado, de forma não oficial, no final da década de 1980, através de instituições dedicadas à mediação.

A atual situação ressalta não apenas as complexidades das relações entre a China e Taiwan, mas também a delicada interação entre a China e a União Europeia em um contexto de crescente rivalidade geopolítica. Pequim continua a pressionar por uma postura mais firme da UE em relação ao reconhecimento de suas reivindicações sobre Taiwan, enquanto as interações entre as instituições europeias e os representantes taiwaneses levantam preocupações sobre potenciais repercussões diplomáticas.

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