Enquanto as vendas de VEs em mercados como os Estados Unidos e a Europa enfrentam dificuldades devido à falta de subsídios governamentais e à lenta integração de novas tecnologias por parte da indústria automotiva tradicional, a China se destaca como um colossal mercado consumidor. De acordo com estimativas de grandes instituições financeiras, como UBS e HSBC, a meta do governo chinês de que os VEs representem 50% das vendas totais de veículos até 2035 pode ser alcançada uma década antes do previsto. Isso representa um desafio iminente para fabricantes de automóveis tradicionais da Alemanha, Japão e EUA, que estão se vendo ameaçados por essa crescente competição.
O suporte do governo chinês em garantir o acesso a elementos críticos para a produção de VEs, aliado ao desenvolvimento de tecnologia local, tem fortalecido a presença das montadoras chinesas, que já enfrentam um cenário de intensa competição interna. A expectativa é que, em um futuro próximo, essa rivalidade impulsione ainda mais a inovação e a diversidade de modelos no mercado. Estima-se que, no quarto trimestre de 2024, 90% dos 90 novos modelos de carros que entrarão no mercado sejam elétricos, reforçando a perspectiva de um setor automotivo chinês em franca ascensão.
Além disso, a participação de veículos de marcas estrangeiras no mercado chinês está em declínio, atingindo um nível recorde de apenas 37%, o que demonstra uma mudança clara nas preferências dos consumidores e na dinâmica competitiva do setor. Com um crescimento anual projetado de quase 40% para 2024, a China parece estar se consolidando não apenas como o maior mercado de VEs, mas também como um polo inovador e influente no cenário automotivo global.