China Prepara Respostas Severas Contra EUA se Trump Intensificar Guerra Comercial



O cenário comercial entre Estados Unidos e China voltou a ganhar atenção, especialmente com a possibilidade de uma nova administração liderada por Donald Trump, que já anunciou planos de impor tarifas eletivas de até 60% sobre as importações chinesas. Essa postura agressiva, já familiar desde seu primeiro mandato, levanta preocupações a respeito do ressurgimento de uma guerra comercial significativa entre as duas potências.

Analistas e especialistas em comércio alertam que a China agora se encontra em uma posição muito mais forte para responder a essas ameaças. A arquitetura legal à disposição de Pequim é mais robusta do que há alguns anos, permitindo uma gama de retaliações que poderia impactar significativamente os interesses econômicos dos EUA. Entre essas ferramentas, destaca-se a “lei contra sanções estrangeiras” aprovada em 2021, que permite que o governo chinês possa retaliar uma variedade de ações que considere prejudiciais.

Além disso, a China, sendo o maior produtor de metais de terras raras, poderia utilizar esse controle estratégico sobre os recursos para dificultar o acesso a países que ela considera hostis, essencialmente limitando estas exportações em sinal de descontentamento por parte de Washington. Esse movimento não apenas serviria como uma resposta direta às tarifas, mas também poderia realocar a dinâmica nos mercados globais.

Os observadores também notam que, até o momento, a administração Biden tem seguido certa continuidade com as políticas de Trump em relação à China, embora as retaliações de Pequim tenham sido comedidas. Enquanto a China tem utilizado medidas mais brandas, como “flechas”, não hesitará em usar sua “artilharia pesada” caso a situação se degrade. A postura de Trump, que considera que os Estados Unidos têm sido prejudicados por políticas comerciais unilaterais e desfavoráveis, poderia levar a um aumento nas tensões.

O especialista em risco geopolítico Andrew Gilholm ressalta que a comunidade de negócios ainda não avaliou adequadamente os riscos associados a uma escalada no conflito comercial. Observadores alertam que, se a imagem dos EUA como parceiro comercial confiável continuar se deteriorando, outras nações podem buscar estreitar laços comerciais com a China, alterando de forma significativa o equilíbrio de poder nas relações comerciais globais.

Dessa forma, tanto os EUA quanto a China se preparam para um possível embate, e o desfecho das próximas negociações poderá desencadear consequências amplas, tanto para as economias de ambos os países quanto para o comércio mundial.

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