China pode interromper fornecimento de metais raros aos EUA, alerta especialista em meio a tensões comerciais crescentes.

A ascensão da China como o principal fornecedor global de metais de terras raras tem gerado preocupações significativas nos Estados Unidos, especialmente em um contexto marcado por tensões comerciais entre as duas nações. Recentemente, um especialista expressou que a China pode a qualquer momento restringir o fornecimento desses metais críticos, que são essenciais para a produção de tecnologias avançadas, como ímãs permanentes para turbinas de energia eólica e veículos elétricos.

O professor Aleksandr Yakubchuk, da Universidade Estatal de Moscou, destacou que a China é responsável por impressionantes 80% da produção mundial de metais de terras raras, uma situação que torna a nação asiática um ator central em um mercado que demanda crescente atenção. Atualmente, a China detém cerca de 44 milhões de toneladas de reservas desses metais, enquanto a Rússia possui 28,5 milhões e os Estados Unidos apenas 1,8 milhão. Essa disparidade no controle de recursos levanta questões sobre a vulnerabilidade dos EUA a interrupções no fornecimento.

Yakubchuk também apontou que, ao longo dos últimos anos, a China já estabeleceu controles de exportação para diferentes metais raros, como tungstênio e bismuto, exigindo que os exportadores obtenham autorização do governo chinês. Esta medida revela a intenção da China em assegurar que seus recursos sejam utilizados como uma ferramenta de poder nas relações internacionais.

Embora a China seja a líder de mercado, o especialista menciona que existem alternativas, como a Austrália e Mianmar, que também produzem metais de terras raras, embora em quantidades menores. Contudo, essas nações ainda não têm a mesma capacidade de afetar o mercado global como a China faz.

Se a China decidir restringir ainda mais as exportações, os metais de terras raras mais impactados provavelmente serão aqueles de maior valor, usados predominante na fabricação de tecnologias inovadoras. O potencial de tais restrições coloca os EUA em uma posição delicada, visto que dependem fortemente desses materiais para sua infraestrutura tecnológica e defensiva. Portanto, a situação exige um olhar atento das autoridades e empresários americanos, que podem precisar considerar opções de diversificação em suas fontes de suprimento.

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