Em seu discurso, Xi ressaltou que o consumo de energias não fósseis deve aumentar e superar 30% do total, a fim de garantir uma transição para uma matriz energética mais limpa. Além disso, a capacidade de geração eólica e solar deverá crescer para impressionantes 3,6 mil gigawatts, representando um aumento de seis vezes em relação a 2020. Esse avanço, segundo o presidente, simboliza a tendência inevitável de uma economia verde e de baixo carbono, apesar de alguns desafios que a China enfrenta por parte de outras economias globais.
Vale destacar que o ano de 2025 marca uma data importante para as principais nações, sendo o décimo aniversário do Acordo de Paris. Esse pacto busca limitar o aumento da temperatura global a, no máximo, 2°C acima dos níveis pré-industriais, com esforços para alcançar o limite mais seguro de 1,5°C, a fim de evitar os piores efeitos das mudanças climáticas. As nações signatárias, incluindo a China, devem revisar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) a cada cinco anos e apresentar planos progressivamente mais ambiciosos.
Ainda assim, o anúncio de Xi não trouxe novas diretrizes especificamente sobre o carvão, um aspecto que gera preocupações em relação ao compromisso da China em diminuir a dependência desse combustível fóssil. Enquanto isso, as construções de novas minas de carvão continuam em andamento, mostrando uma dicotomia nas políticas energéticas do país.
No entanto, o estoque florestal da China deve aumentar para mais de 24 bilhões de metros cúbicos, e os veículos de nova energia estão se consolidando como os principais veículos vendidos no país, reforçando o compromisso com a inovação e a sustentabilidade. Com mais de 80% da produção de painéis solares e 70% dos equipamentos eólicos do mundo sendo fabricados na China, esse compromisso ambiental também se reflete nas suas crescentes exportações de tecnologia verde para outras nações.
Essa movimentação da China no cenário internacional ecoa não apenas suas ambições de liderança ambiental, mas também a necessidade de uma colaboração global na luta contra as mudanças climáticas.