China Para Importações de Soja dos EUA por Três Meses Consecutivos e Aumenta Compras da América do Sul em Meio a Tarifas Comerciais.

A China, maior importadora de soja do mundo, não adquiriu grãos dos Estados Unidos pelo terceiro mês consecutivo, uma situação que evidencia as consequências das tarifas aplicadas pelo ex-presidente Donald Trump. Nos últimos meses, os chineses têm aumentado suas compras de fornecedores sul-americanos, especialmente Argentina e Brasil, em resposta a temores de escassez caso a guerra comercial com Washington se prolongue.

Conforme dados recentes da Administração Geral de Alfândegas da China, as importações de soja estadunidense em novembro de 2024 despencaram para zero, um contraste gritante em relação ao volume de 2,79 milhões de toneladas métricas registrado no mês anterior. Por outro lado, os envios da Argentina se sobressaíram, apresentando um crescimento impressionante de 633,6%, com o total alcançando 1,78 milhão de toneladas, o que corresponde a 21,9% das importações totais do período.

As compras de soja do Brasil também mostraram um aumento relevante, com um crescimento de 48,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 5,85 milhões de toneladas e representando 72% de todas as importações da China em novembro. No acumulado do ano, entre janeiro e novembro, o volume de soja brasileira importado atingiu 76,7 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 7% em relação ao ano anterior.

Ao todo, a China importou 8,11 milhões de toneladas métricas de soja em novembro, acumularizando 103,79 milhões de toneladas nos primeiros 11 meses de 2024. Esse aumento significativo em compras de grãos da América do Sul sugere que, apesar de uma recente trégua comercial com os Estados Unidos, a China continuará a maximizar sua dependência dos fornecedores do hemisfério sul.

No mesmo período, os números indicam que as importações de soja dos EUA caíram 5,9% em relação ao ano anterior, totalizando 16,82 milhões de toneladas entre janeiro e novembro. A recente suspensão das compras de soja americana reforça as mudanças táticas da China em sua política de importação, onde as necessidades alimentares e garantir um suprimento constante parecem prevalecer sobre as relações comerciais com os Estados Unidos.

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