Além disso, economias emergentes como Brasil, Índia, México e Indonésia também estão se unindo a essa reação, concentrando-se em importações chinesas de aço, cerâmica e produtos químicos suspeitos de serem objeto de dumping em seus mercados internos.
Países como Índia e Argentina abriram investigações antidumping em produtos chineses, desde parafusos até elevadores. O Reino Unido está examinando escavadeiras e bicicletas elétricas chinesas. Essa resistência crescente está mostrando como o choque chinês está gerando tensões em um sistema comercial global já sob desgaste.
Os economistas estão alertando que a China, ao depender da demanda externa para sustentar seu crescimento econômico, está correndo riscos em um cenário global mais hostil. É necessária uma mudança para impulsionar o consumo interno e criar uma economia mais equilibrada.
Enquanto consumidores de todo o mundo se beneficiam das importações chinesas baratas, concorrentes estrangeiros estão sendo afetados. No Chile, a maior produtora de aço anunciou o encerramento de suas operações devido à concorrência desleal das importações chinesas.
Governos ao redor do mundo têm tomado mais de 70 medidas relacionadas a importações vindas da China desde o ano passado, um aumento significativo comparado aos anos anteriores. A resposta da China a essa reação global tem sido de condenar o protecionismo crescente e apresentar queixas à Organização Mundial do Comércio sobre práticas desleais de concorrência.
A situação atual mostra um mundo em movimento, com países tentando proteger suas indústrias locais e encontrar um equilíbrio entre o comércio internacional e suas próprias economias. A China, como um dos principais atores nesse cenário, enfrenta desafios significativos à medida que busca manter sua posição como líder global na produção de bens de consumo.