As estatísticas recentes reforçam o impacto dessa proibição. No primeiro semestre deste ano, as importações dos EUA de germânio totalizaram cerca de 4,64 milhões de dólares, um número quase três vezes menor em comparação ao mesmo período do ano anterior. Para o antimônio, as compras somaram 3,74 milhões de dólares, representando 7,7% do total de importações, mas mostrando uma queda de 33,7% em relação ao ano anterior. Já as importações de gálio foram menores ainda, totalizando apenas 3,31 milhões de dólares.
Esses materiais são fundamentais na fabricação de tecnologias avançadas, como circuitos integrados e dispositivos utilizados em sistemas de comunicação e energia solar. O germânio, por sua vez, é amplamente utilizado na produção de componentes ópticos e em dispositivos de comunicação sem fio, além de ser utilizado em equipamentos militares, como óculos de visão noturna, o que torna sua importação ainda mais crítica para a segurança nacional dos EUA.
Essas novas restrições da China são vistas em um contexto mais amplo de tensão e rivalidade tecnológica entre os dois países. A medida não apenas afeta o comércio imediato, mas também levanta preocupações sobre a dependência dos EUA em relação às matérias-primas de tecnologia, especialmente em um momento de crescente competição global por suprimentos críticos. A situação está sendo monitorada de perto, pois pode ter repercussões significativas não apenas no fornecimento interno de tecnologias nos EUA, mas também no balanço comercial e nas relações diplomáticas entre as duas nações.