O fentanil, que é legalmente utilizado na medicina, especialmente para tratamento da dor, tem sido amplamente comercializado de forma ilícita, aumentando de maneira alarmante as taxas de overdose e morte, especialmente nos Estados Unidos. A intervenção da China neste contexto é uma tentativa de controlar o fluxo desses precursors, que têm sido sinalizados como um dos principais responsáveis pela proliferação do fentanil no mercado negro.
Essa decisão foi pautada após um recente encontro entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump. Durante a reunião, que ocorreu na Coreia do Sul, ambos líderes abordaram de forma franca a necessidade urgente de combater o tráfico do fentanil e suas implicações devastadoras para a saúde pública. A colaboração nesse aspecto é vista como um passo crucial, tendo em vista que o fentanil tem se tornado uma das principais causas de mortes por overdose nos EUA.
Vale mencionar que essa iniciativa acontece em um período delicado nas relações comerciais entre as duas potências. Recentemente, a administração Trump havia reduzido as tarifas sobre produtos chineses de 20% para 10%, mas o presidente expressou que essa benesse poderia ser revertida caso a China não honre os compromissos assumidos em torno do combate ao tráfico de substâncias controladas.
Com essas novas exigências de licenciamento, a China busca não apenas regular o comércio de substâncias potencialmente perigosas, mas também reafirmar seu compromisso em participar ativamente da luta global contra a crise dos opiáceos, ao mesmo tempo em que busca equilibrar as relações comerciais com os Estados Unidos e os países vizinhos. Essa situação continua a evoluir, e as expectativas são altas quanto ao impacto dessas medidas na cadeia de suprimentos de produtos químicos e na saúde pública global.









