Um relatório recente da consultoria Rhodium Group, que analisa a situação, aponta que, apesar das exportações continuarem a ser o motor principal da economia chinesa, o cenário pode ser complicado por políticas comerciais mais rigorosas em outras nações. Tais medidas, potencialmente motivadas pela intenção de proteger suas próprias indústrias, podem incluir a ampliação de tarifas ou restrições às importações de produtos chineses, especialmente em regiões como a Europa e certos mercados emergentes.
Daniel Rose, cofundador da Rhodium Group, enfatiza que as flutuações na demanda global e nos estoques de produtos nos países desenvolvidos representam riscos consideráveis para a economia da China. Ele alerta que, conforme o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma desaceleração continuada dessas economias até 2026, a demanda externa pode não acompanhar o ritmo de crescimento esperado.
Além disso, o relatório destaca que a diversificação dos mercados-alvo e a depreciação do yuan contribuíram para o sucesso das exportações chinesas, especialmente em um contexto de diminuição de preços e pressões deflacionárias internas. Essa tendência de expansão das vendas para além dos Estados Unidos tem sido vital para fortalecer a presença da China em mercados alternativos, mas também pode intensificar as tensões comerciais.
À medida que essa dinâmica de crescimento nas exportações se torna mais pronunciada, o equilíbrio entre o avanço econômico da China e a estabilidade nas relações comerciais internacionais torna-se um desafio cada vez mais complexo. Portanto, à medida que se aproxima 2026, a resposta de outros países às estratégias comerciais chinesas poderá determinar o rumo da economia global e as capacidades de crescimento da China.
