Durante o encontro, Wang Yi expressou uma visão otimista sobre o futuro das relações bilaterais, destacando um consenso original sobre a gestão das áreas na fronteira, um tema que há muito tem sido foco de discórdia. O conselheiro de segurança nacional da Índia, Ajit Doval, também participou da discussão, reforçando a necessidade de um entendimento mútuo que pode promover a estabilidade na região.
Tanto Modi quanto Wang concordaram em manter um canal de comunicação aberto para abordar pontos sensíveis da fronteira, o que, segundo analistas, é um passo importante para a construção de um relacionamento mais constructivo. Este novo engajamento se dá em um contexto internacional dinâmico, onde ambas as nações entendem que a paz e a cooperação são fundamentais não apenas para sua própria prosperidade, mas também para a segurança regional e global.
Modi, que está programado para visitar a China pela primeira vez em sete anos, destacou que o progresso nas negociações com Beijing deve ser guiado por respeito mútuo. Ele enfatizou que a construção de laços saudáveis e cooperativos entre a Índia e a China é essencial, especialmente em tempos de crescente rivalidade geopolítica.
Além das discussões sobre a fronteira, os líderes concordaram em reabrir diálogos bilaterais em diversas áreas, evidenciando a intenção de restaurar laços diplomáticos que foram severamente afetados nos últimos anos. Wang Yi também enfatizou a necessidade de tratar qualquer diferença com prudência, sugerindo que a perspectiva de adversidade deve ser substituída por uma visão mais colaborativa.
Essas iniciativas ocorrem em um cenário global onde a Índia também está estreitando laços com os Estados Unidos, especialmente em face de tarifas recentes impostas por Washington a produtos indianos e em meio a novos acordos entre os EUA e o Paquistão. A busca por uma coexistência pacífica entre China e Índia pode, assim, ser um fator crucial para o equilíbrio de poder na região.