Essa pausa nas tarifas, que foi originalmente estabelecida após um acordo entre os países em maio, havia sua data de expiração prevista para o dia 12 de agosto. A rotina de discussões entre Pequim e Washington deve incluir temas sensíveis, como as preocupações dos Estados Unidos com a crescente capacidade industrial da China, embora se avalie que não haverá avanços substanciais nas tratativas.
Enquanto isso, o presidente americano, em declarações recentes, expressou otimismo sobre a conclusão do acordo comercial, afirmando que está “próximo de ser finalizado”. No entanto, a situação se complica com as ações em curso do governo dos EUA, que recentemente impôs novas tarifas sobre produtos redirecionados de origem chinesa que passam por países terceiros, como é o caso do Vietnã. Essa estratégia visa coibir práticas que permitiriam que empresas chinesas contornassem sanções anteriores.
Em meio a esse cenário, a pressão sobre a economia chinesa tem aumentado. As tensões também são ampliadas por um contexto mais amplo, que inclui as acusações da União Europeia sobre a China, alegando que o país tem inundado o mercado global com sua produção industrial excedente e, ainda, oferecendo suporte à economia da Rússia em tempos de conflito na Ucrânia.
Apesar dessas adversidades, a China conseguiu registrar um superávit comercial significativo no último mês, alcançando US$ 114,7 bilhões, um aumento considerável em relação ao mês anterior. Esse desempenho robusto sugere que, ainda que sob pressão, a economia chinesa mostra sinais de resiliência frente aos desafios impostos pelo cenário geopolítico atual. As próximas semanas serão decisivas para a orientação futura das relações comerciais entre China e Estados Unidos e para a estabilidade econômica de ambos os países.