EUA e China Concretizam Acordo Comercial em Meio a Tensões
Em um movimento significativo para a economia global, Estados Unidos e China celebraram um acordo comercial que promete aliviar as tensões entre as duas maiores economias do mundo. Com negociações lideradas pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping, o pacto traz uma série de medidas que visam reduzir barreiras comerciais e facilitar a troca de bens essenciais.
No centro do acordo está a decisão da China de suspender o controle rigoroso sobre as exportações de metais estratégicos, incluindo gálio, germânio, antimônio e grafite. Essas alterações permitirão que empresas americanas e seus fornecedores internacionais tenham maior acesso a materiais cruciais para diversas indústrias, em especial para o setor de semicondutores. Além disso, a China comprometeu-se a encerrar investigações contra empresas norte-americanas que atuam nessa cadeia produtiva, possibilitando um ambiente de negócios mais favorável.
Em contrapartida, os Estados Unidos decidiram adiar a implementação de tarifas que poderiam ter um impacto significativo sobre os produtos chineses. A tarifa de 100% programada para entrar em vigor em novembro foi cancelada, e as isenções tarifárias da Seção 301 foram prorrogadas até 2026. Essa estratégia reflete uma tentativa de Washington de evitar um agravamento nas relações comerciais e manter os preços estáveis para os consumidores americanos.
Outros pontos relevantes do acordo incluem a diminuição da tarifa sobre o fentanil, passando de 20% para 10%, além do compromisso chinês de aumentar as importações de soja dos Estados Unidos para 12 milhões de toneladas métricas no próximo ano, com um plano de adquirir pelo menos 25 milhões por ano nos próximos três anos.
Ambos os líderes também abordaram questões relativas à indústria de chips, com a China permitindo que a fabricante Nexperia BV retome seus embarques, aliviando preocupações no setor automotivo. Apesar das concessões mútuas, analistas afirmam que essa trégua, com duração de um ano, não resolve as divergências mais profundas entre os países, como as tensões em torno de Taiwan e a crise na Ucrânia.
O acordo é um reflexo da busca por um equilíbrio nas relações comerciais, mas, conforme indicado por especialistas, a situação ainda exige atenção, uma vez que as questões subjacentes que geram desavenças entre os países permanecem sem solução.
