Os arqueólogos que trabalharam no local suspeitavam que o recipiente pudesse conter um líquido, mas enfrentaram dificuldades para abri-lo devido à forte corrosão do metal, que selou a tampa à vasilha. Somente recentemente, após um cuidadoso trabalho de conservação, foi possível acessar o conteúdo. A amostra coletada foi enviada para o Laboratório Internacional de Pesquisa Conjunta de Arqueologia Ambiental e Social da Universidade de Shandong, onde análises detalhadas confirmaram a presença de etanol, caracterizando o líquido como uma bebida alcoólica destilada.
Esse achado é significativo, pois antecipa o surgimento da tecnologia de destilação na China em mil anos, uma vez que se acreditava que essa prática civilizatória se desenvolveu mais tarde do que comprove a nova evidência. Os testes mostraram que além de etanol, a mistura continha outros componentes como água e acetato de etila, sugerindo que a receita da bebida poderia ter sido mais complexa do que se imaginava para a época.
O recipiente, ao longo de milênios, sofreu oxidação, que acabou contribuindo para a preservação do líquido de dentro. O ambiente anaeróbico livre de oxigênio em que estava armazenado impediu a evaporação, permitindo que uma quantidade significativa da bebida sobrevivesse até os dias atuais. Essa descoberta não apenas ilumina práticas culturais antigas, mas também oferece uma visão fascinante sobre a vida e os costumes das civilizações que habitaram a região há milênios.
Os pesquisadores ressaltam a importância de atividades como essas para entender melhor a história da humanidade e suas tradições. O artefato agora integra o acervo do instituto onde está guardado, contribuindo assim para o amplo campo de estudos sobre a história da destilação e das práticas sociais ligadas ao consumo de álcool na China antiga.
