As autoridades chinesas identificaram cidades-chave como Chengdu, Chongqing, Kunming, Xi’an e Urumqi como focos dessa transformação. A proposta inclui a criação de ligações mais robustas entre os modais de transporte, que englobam o sistema ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo. Essa integração pretende facilitar o fluxo de mercadorias e serviços, contribuindo para uma melhor mobilidade econômica e social na região.
Vale destacar que esse projeto é parte de um esforço contínuo por parte do governo de Pequim para reforçar a unidade nacional, especialmente em áreas onde existem tensões étnicas que podem dificultar a estabilidade política e social. Além disso, as medidas estão alinhadas à ideia de uma “nova urbanização” proposta pelo Politburo, que busca revitalizar comunidades rurais e expandir iniciativas de redução da pobreza.
A implementação dessas melhorias logísticas não é nenhuma surpresa, dado o histórico de esforços da China em fortalecer seus corredores comerciais, especialmente com foco na integração com mercados europeus e do Sul da Ásia, facilitando o transporte de produtos através de rotas ferroviárias rápidas.
Com essas iniciativas, o governo chinês almeja não apenas o desenvolvimento econômico das províncias ocidentais, mas também um maior controle e coesão em um território que tem sido frequentemente alvo de críticas internacionais em relação à sua gestão de questões internas. Ao investir em infraestrutura e na criação de zonas alfandegárias abrangentes, a China pretende promover um ambiente econômico mais dinâmico e sustentável, essencial para garantir estabilidade e crescimento nas próximas décadas.