Peng considerou a ação do Japão como parte de um rápido processo de rearmamento no país, o que, segundo ele, apenas intensifica as tensões na região. Em sua coletiva de imprensa, o porta-voz reafirmou a “firme vontade” e a “grande capacidade” da China para proteger sua soberania e integridade territorial, referindo-se a Taiwan como uma parte inalienável do território chinês. “Vamos esmagar toda interferência estrangeira”, ressaltou Peng, sublinhando a seriedade com que Pequim vê qualquer movimento envolvendo a questão taiwanesa.
Além disso, o porta-voz classificou o envio de armas ofensivas pelo Japão para áreas próximas a Taiwan como “extremamente perigoso”, argumentando que isso poderia culminar em um potencial confronto militar na região. Autoridades chinesas lembraram também que o Japão já havia assinado compromissos políticos que reconhecem o princípio de “uma só China”, uma posição que deveria prevenir mal-entendidos sobre a questão de Taiwan.
Este desenvolvimento ocorre em um ano de significância histórica para a China, que está comemorando os 80 anos da vitória na Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa e a data simbólica da reunificação de Taiwan. Recentemente, em um encontro com a primeira-ministra japonesa Sanae Takaichi, o presidente chinês Xi Jinping expressou sua expectativa de que o novo governo japonês adotasse uma visão mais equilibrada em relação à China, com foco em fortalecer a cooperação mútua.
Xi sublinhou ainda que é crucial para ambas as nações respeitar os acordos previamente estabelecidos sobre temas sensíveis, como Taiwan e questões históricas, para garantir relações diplomáticas estáveis e construtivas. Por sua vez, Pequim mantém uma exigência firme de que todos os países que cultivam relações diplomáticas com a China respeitem o princípio de “uma só China”, sem reconhecer qualquer movimento em direção à independência de Taiwan. Assim, o cenário geopolítico na região permanece tenso, com implicações significativas para as relações internacionais no futuro.









