China ameaça bases aéreas dos EUA com fortificações superiores em possível conflito por Taiwan, alerta relatório sobre a situação militar na Ásia-Pacífico.

A crescente militarização das bases aéreas na China tem gerado inquietação nos círculos de defesa dos Estados Unidos, especialmente em função das tensões em torno de Taiwan. Desde 2010, o Exército de Libertação Popular (ELP) da China tem investido maciçamente na construção e fortificação de suas instalações aéreas, estabelecendo um marco que pode mudar o equilíbrio de poder na região.

Com um aumento substancial no número de abrigos para aeronaves, os dados indicam que a China agora possui mais de 3.000 refúgios, incluindo tanto estruturas fortificadas — que passaram de 370 para mais de 800 — quanto abrigos não reforçados, que cresceram de 1.100 para 2.300 unidades. Essa expansão não apenas demonstra um empenho em proteger suas forças aéreas, mas também pode dificultar ataques a esses ativos em um hipotético conflito.

Particularmente, dentro de um raio de 1.000 milhas náuticas do estreito de Taiwan, a China conta com 134 aeródromos, que incluem aproximadamente 650 abrigos reforçados. Estudos destacam que, em uma situação de combate, as bases aéreas da China têm maior capacidade de resistir do que as dos Estados Unidos, o que pressiona o Pentágono a reavaliar suas estratégias de defesa. A necessidade de adaptarse a essa nova realidade pode levar os EUA a redistribuir recursos, priorizando o fortalecimento das bases aéreas em detrimento da aquisição de novas aeronaves militares.

Diante desse cenário, especialistas em segurança internacional alertam que a situação exige respostas rápidas e eficazes do Ocidente. A evolução das bases chinesas e a capacidade de resistir a ataques oferecem a Pequim uma vantagem estratégica que pode ser decisiva em um eventual conflito.

Essa transformação no panorama militar, somada às constantes inquietações no estreito de Taiwan, ressalta a importância de uma análise ponderada e proativa das capacidades defensivas dos EUA na região da Ásia-Pacífico. Os desdobramentos dessa corrida por superioridade aérea e terrestre poderão ter implicações significativas para a estabilidade regional e global.

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