A aceleração deste crescimento se torna notória a partir do início do conflito na Ucrânia, com especialistas ressaltando que Pequim está atenta aos desdobramentos desse combate. Observações sobre o uso de tecnologias modernas e táticas de guerra em situações reais de combate tem sido parte da estratégia chinesa de aprendizado. O exército, que não participa de um conflito desde a breve guerra com o Vietnã em 1979, vê nesta oportunidade uma chance de absorver lições valiosas que podem ser aplicadas em possíveis futuros confrontos.
Além da produção de mísseis, a China também busca uma posição de destaque na corrida armamentista que se desenha com os EUA. À medida que se apresenta como uma superpotência global, o país deve enfrentar os desdobramentos de um embate que, segundo analistas, ainda está em seus estágios iniciais. A chinesa Dongfeng-26, por exemplo, é um modelo de míssil balístico de médio alcance com capacidades hipersônicas, evidenciando a evolução das tecnologias em seu arsenal.
Recentemente, a porta-voz da chancelaria chinesa, Mao Ning, enfatizou em uma coletiva que os Estados Unidos, como a nação com o maior arsenal nuclear do mundo, têm a responsabilidade de agir de forma responsável em relação ao desarmamento. A China, por sua vez, também está expandindo rapidamente seu próprio arsenal nuclear, adicionando cerca de 100 ogivas anualmente, embora ainda esteja atrás de EUA e Rússia.
Por fim, o desenvolvimento das capacidades de mísseis da China no contexto das tensões globais pode impactar profundamente o cenário de segurança no mundo, alterando a dinâmica tradicional de poder. As movimentações em curso não apenas sinalizam a direção que Pequim deseja seguir, mas também prenunciam um período de incertezas geopolíticas que poderá reconfigurar alianças e tensões internacionais.
