A gripe aviária, especificamente a cepa H5N1, levantou preocupações em diversos países, levando vários deles a interromper temporariamente as importações de carne de aves brasileiras. No Brasil, um surto foi identificado em maio, na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Isso resultou na suspensão das exportações por parte de 21 países, incluindo nações como China, Uruguai e inclusive membros da União Europeia.
Ignacia Fernández, ministra da Agricultura chilena, destacou a importância da comunicação entre as instituições brasileiras e chilenas para a reabertura deste mercado. A Argentina, conhecida por ser o terceiro maior fornecedor de carne de aves ao Chile, exporta aproximadamente 8% desse produto ao país vizinho. A interrupção das importações da Argentina fez com que o Chile buscasse alternativas, levando-o a selecionar novamente o Brasil como fonte de abastecimento.
Recentemente, além de o Chile, outros países como Namíbia, Macedônia do Norte e Arábia Saudita também suspenderam restrições à importação de carne de aves brasileiras. A recuperação do comércio avícola entre Brasil e Chile poderá ajudar a mitigar os danos econômicos atuais e restabelecer a confiança no setor avícola regional. Apesar do cenário preocupante que a gripe aviária representa, os especialistas consideram que o risco de transmissão para os seres humanos é baixo, enfatizando a necessidade de monitoramento e controle contínuo da doença entre aves.
A retomada das importações representa, portanto, uma boa notícia para a indústria avícola brasileira, que enfrenta desafios significativos, mas também demonstra a resiliência do setor diante de adversidades.
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