Chile e Google Unem Forças para Conectar América do Sul e Austrália com Cabo Submarino
Em um anúncio que promete revolucionar a conectividade digital na América do Sul, o Chile e a gigante da tecnologia Google firmaram uma joint venture chamada Humboldt Connect. O projeto, que envolve a instalação do primeiro cabo submarino de fibra óptica ligando a América do Sul à Austrália, representa um passo significativo para a modernização da infraestrutura digital da região e pode ter impactos diretos na conectividade de países vizinhos, incluindo o Brasil.
Embora o cabo não atravesse diretamente o território brasileiro, a nova infraestrutura é vista como uma oportunidade estratégica para diversas nações ao redor. Especialistas afirmam que a conexão proporcionará rotas digitais mais rápidas e seguras, reduzindo a dependência de infraestrutura de telecomunicações que geralmente passa pela América do Norte ou Europa. Com isso, espera-se um fortalecimento da capacidade digital sul-americana, muito importante em um mundo cada vez mais conectado.
A previsão é que o cabo comece a operar em 2027, após um período de planejamento que teve início em 2019. Ao longo desses anos, diversas etapas foram cumpridas, incluindo estudos de viabilidade e acordos com o Google para determinar a rota ideal no fundo do mar. Os investimentos serão divididos igualmente entre os parceiros, refletindo uma colaboração sólida entre a iniciativa privada e pública.
Para o Brasil, essa iniciativa apresenta uma chance inestimável de expandir sua posição no mercado global de dados e tecnologia. O crescimento da demanda por serviços digitais, inteligência artificial e armazenamento em nuvem destaca a importância de ter acesso a rotas internacionais mais eficazes. O fortalecimento dessa infraestrutura pode beneficiar setores cruciais como telecomunicações, finanças e educação, impulsionando a economia digital do País.
Com a crescente interconectividade e competitividade global, a participação do Brasil em projetos de infraestrutura digital se torna fundamental para garantir não apenas sua competitividade, mas também sua soberania tecnológica. A expectativa é que, com a conclusão do cabo, o Brasil possa integrar-se mais eficazmente a essa nova rede, criando oportunidades para futura expansão e consolidação como líder digital na América Latina.
