Durante uma inspeção realizada na semana passada, os especialistas da AIEA descobriram que um ataque com drones ocorrido em fevereiro deste ano causou um incêndio significativo na estrutura externa do NCS. Essa construção de aço, projetada minuciosamente para evitar qualquer liberação de material radioativo, sofreu danos que comprometem sua integridade. Apesar do golpe dado pela ação militar, a AIEA confirmou que não houve danos permanentes nas estruturas de suporte ou nos sistemas de monitoramento do local, embora a capacidade de confinamento tenha sido comprometida.
A situação não é nova. Em outubro, houve uma interrupção do fornecimento de energia externa para o NCS que durou 16 horas. O Ministério da Energia da Ucrânia destacou que essa falha teve implicações negativas sobre a integridade da estrutura de contenção. Para o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, a causa do evento foi uma falha na linha de transmissão proveniente da subestação de Slavutich, ponto estratégico para o fornecimento de energia.
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, atribuiu essa interrupção a um ataque de drones realizado pelas forças russas, embora não tenha apresentado evidências concretas de tal afirmação. A crescente militarização da região e os constantes conflitos nas proximidades de Chernobyl levantam preocupações sobre a segurança nuclear não apenas da Ucrânia, mas também da Europa como um todo.
A AIEA continua a monitorar a situação, sublinhando a importância de preservar a segurança em instalações nucleares, especialmente em áreas de conflito. A questão da segurança em Chernobyl se torna ainda mais vital à medida que se intensificam os combates, exigindo atenção e ações para prevenir novas catástrofes.
