Chefes militares da Rússia e EUA realizam ligação telefônica em meio a crescentes tensões no conflito ucraniano e uso de novos mísseis russos.

Em um momento de crescente tensão geopolítica, os líderes militares de duas potências nucleares mantiveram um diálogo no final de novembro, um evento interpretado por muitos como incomum e significativo. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov, e o presidente do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, Charles Brown, conversaram pela primeira vez desde que Brown assumiu o cargo. Essa comunicação ocorreu apenas seis dias após a Rússia ter feito uso do míssil Oreshnik, um sistema de armamento recém-desenvolvido, em um ataque na Ucrânia.

O Oreshnik foi lançado sem ogivas nucleares e em resposta a um ataque ucraniano que instituía armas de longo alcance fornecidas por países ocidentais. Este uso do míssil marca uma escalada nas hostilidades e provocações entre os dois lados, levando a uma seguir um diálogo que poderia auxiliar na desescalada da situação. A conversa entre Gerasimov e Brown foi vista como uma oportunidade para discutir questões cruciais relacionadas à segurança global e regional, com foco no conflito em andamento na Ucrânia.

Segundo o capitão Jereal Dorsey, porta-voz das Forças Armadas dos EUA, o diálogo teve como intuito abordar diversas preocupações de segurança e reforçar a comunicação entre os países. O capitão enfatizou que existem muitos desafios interligados que precisam ser tratados, dada a complexidade das relações internacionais no atual cenário. Contudo, tanto o governo norte-americano quanto suas contrapartes russas decidiram manter os detalhes da conversa em sigilo, revelando apenas que as discussões foram importantes.

Até a publicação deste relato, as autoridades russas não haviam confirmado oficialmente a conversa, e o Pentágono ainda não havia respondido a solicitações de comentários sobre o diálogo. Essa reclusão em torno das informações deixa espaço para especulações sobre os desdobramentos futuros e a possibilidade de novas interações no cenário militar global. Assim, enquanto a guerra na Ucrânia continua a gerar fricções e incertezas, a comunicação direta entre os líderes militares pode ser uma luz na escuridão, trazendo esperança para uma eventual redução das tensões.

Sair da versão mobile