Chefe do PCC movimentou R$ 8 bi de dentro da cadeia e criou “banco do crime” em São Paulo, revela investigação.



O bandido conhecido como Gordo, apontado como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), movimentou cerca de R$ 8 bilhões de dentro da prisão nos últimos cinco anos. Mesmo atrás das grades há mais de duas décadas, ele conseguiu administrar as atividades do seu núcleo criminoso. Recentemente, a Polícia Civil de São Paulo bloqueou esses valores, que superam o orçamento de algumas capitais brasileiras, como Aracajú e Florianópolis.

Gordo é apontado como braço direito de Andinho, ex-membro de alta hierarquia do PCC. Ele se opõe a Marcola, líder da facção, juntamente com outros comparsas. Mesmo estando preso desde 2002, Gordo utilizava sua esposa, Fabiana Lopes Manzini, como “pombo-correio” para se comunicar com outros membros da facção e administrar seus negócios ilícitos.

A esposa de Gordo foi presa em setembro de 2023 por tráfico de drogas e seus celulares continham diálogos que revelaram um complexo esquema criminoso administrado de dentro da cadeia. Além do tráfico de drogas, a polícia descobriu a criação de um “banco do crime” para movimentar os valores da quadrilha, incluindo mais de 19 empresas envolvidas nos esquemas.

O primo de Gordo, João Gabriel Yamawaki, apontado como o dono da instituição financeira digital do grupo, também foi preso em uma operação policial. Ele teve mais de R$ 500 milhões bloqueados. As mensagens obtidas pelas autoridades indicam ainda que o PCC estaria se infiltrando em campanhas eleitorais em diversas regiões de São Paulo este ano.

As investigações da polícia continuam e envolvem seis membros do PCC, além de outras 26 pessoas ligadas aos negócios ilícitos da facção criminosa. As defesas dos suspeitos não foram localizadas até o momento. A Polícia Civil segue apurando o caso para identificar e punir todos os envolvidos nessas atividades criminosas.

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