Gordo é apontado como braço direito de Andinho, ex-membro de alta hierarquia do PCC. Ele se opõe a Marcola, líder da facção, juntamente com outros comparsas. Mesmo estando preso desde 2002, Gordo utilizava sua esposa, Fabiana Lopes Manzini, como “pombo-correio” para se comunicar com outros membros da facção e administrar seus negócios ilícitos.
A esposa de Gordo foi presa em setembro de 2023 por tráfico de drogas e seus celulares continham diálogos que revelaram um complexo esquema criminoso administrado de dentro da cadeia. Além do tráfico de drogas, a polícia descobriu a criação de um “banco do crime” para movimentar os valores da quadrilha, incluindo mais de 19 empresas envolvidas nos esquemas.
O primo de Gordo, João Gabriel Yamawaki, apontado como o dono da instituição financeira digital do grupo, também foi preso em uma operação policial. Ele teve mais de R$ 500 milhões bloqueados. As mensagens obtidas pelas autoridades indicam ainda que o PCC estaria se infiltrando em campanhas eleitorais em diversas regiões de São Paulo este ano.
As investigações da polícia continuam e envolvem seis membros do PCC, além de outras 26 pessoas ligadas aos negócios ilícitos da facção criminosa. As defesas dos suspeitos não foram localizadas até o momento. A Polícia Civil segue apurando o caso para identificar e punir todos os envolvidos nessas atividades criminosas.