Durante um discurso recente, Mais afirmou que “o modo de vida europeu está em perigo”, alertando para a possibilidade de cortes nos gastos dos EUA com a defesa da Europa. Com a administração do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, discutindo uma redução do apoio militar à UE, os países europeus poderiam ser forçados a assumir um maior papel na sua própria defesa. A perspectiva de um aumento significativo nos custos de segurança não foi bem recebida, levando a um clamor por uma resposta mais robusta às ameaças atuais.
O general Pierre Schill, chefe do Estado-Maior do Exército Francês, corroborou essas inquietações ao enfatizar as lacunas no desenvolvimento de novas tecnologias militares na Europa. Ele expressou sua preocupação com o fato de que inimigos menos favorecidos financeiramente estariam ultrapassando os países europeus em tecnologias fundamentais, como drones e capacidades cibernéticas. Essa situação alerta para uma realidade sombria: o potencial de ataque de grupos armados não apenas se mantém, mas em muitos casos, supera as capacidades artilheiras dos exércitos convencionais da região.
Ambos os generais enfatizaram a necessidade urgente de a Europa repensar suas estratégias de defesa e inovação tecnológica, especialmente diante de desafios constantes, como os conflitos na Ucrânia e as movimentações políticas no cenário internacional. O uso de tecnologia militar por atores não estatais durante conflitos recentes, como os enfrentamentos entre Azerbaijão e Armênia em Nagorno-Karabakh, serve como um exemplo do que poderia ser perdido se a Europa não se adaptar rapidamente. O diagnóstico é claro: para preservar a segurança e a integridade do território europeu, um investimento mais robusto em tecnologia militar é indispensável.