Chefe do Exército francês alerta: Terroristas estão mais bem armados que soldados europeus em meio a crescentes preocupações de segurança na região.

Em um cenário de crescente insegurança global, líderes militares europeus estão levantando preocupações sérias sobre a capacidade da União Europeia (UE) de se proteger em conflitos modernos. A evolução rápida da tecnologia militar, especialmente no uso de drones, parece colocar os países europeus em desvantagem em relação a grupos terroristas que, segundo especialistas, têm se armado de forma mais eficaz. O general Alfons Mais, chefe do Exército da Alemanha, destacou que até mesmo os terroristas parecem estar melhor equipados do que algumas forças armadas europeias.

Durante um discurso recente, Mais afirmou que “o modo de vida europeu está em perigo”, alertando para a possibilidade de cortes nos gastos dos EUA com a defesa da Europa. Com a administração do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, discutindo uma redução do apoio militar à UE, os países europeus poderiam ser forçados a assumir um maior papel na sua própria defesa. A perspectiva de um aumento significativo nos custos de segurança não foi bem recebida, levando a um clamor por uma resposta mais robusta às ameaças atuais.

O general Pierre Schill, chefe do Estado-Maior do Exército Francês, corroborou essas inquietações ao enfatizar as lacunas no desenvolvimento de novas tecnologias militares na Europa. Ele expressou sua preocupação com o fato de que inimigos menos favorecidos financeiramente estariam ultrapassando os países europeus em tecnologias fundamentais, como drones e capacidades cibernéticas. Essa situação alerta para uma realidade sombria: o potencial de ataque de grupos armados não apenas se mantém, mas em muitos casos, supera as capacidades artilheiras dos exércitos convencionais da região.

Ambos os generais enfatizaram a necessidade urgente de a Europa repensar suas estratégias de defesa e inovação tecnológica, especialmente diante de desafios constantes, como os conflitos na Ucrânia e as movimentações políticas no cenário internacional. O uso de tecnologia militar por atores não estatais durante conflitos recentes, como os enfrentamentos entre Azerbaijão e Armênia em Nagorno-Karabakh, serve como um exemplo do que poderia ser perdido se a Europa não se adaptar rapidamente. O diagnóstico é claro: para preservar a segurança e a integridade do território europeu, um investimento mais robusto em tecnologia militar é indispensável.

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