O incidente ocorreu durante a comemoração do aniversário de 50 anos de Colchado, no qual ele compartilhou uma imagem do bolo temático em seu status do WhatsApp. A decoração do bolo mostrava um policial forçando a abertura de uma porta, uma cena comum em seu trabalho na Diviac. Posteriormente, um programa de televisão peruano destacou a imagem, fazendo uma conexão com a busca realizada na residência da presidente.
De acordo com a divisão em que Colchado atua, o programa gerou questionamentos sobre a operação, levantando críticas à conduta do coronel. A repercussão negativa associada à decoração do bolo provocou tensões institucionais e desdobramentos políticos.
A defesa de Colchado defende que a temática do bolo não tinha intenção de zombar da presidente e que a interpretação feita pelo programa de televisão não corresponde à realidade dos fatos. No entanto, a suspensão temporária de suas funções como chefe da Diviac pode impactar o andamento de investigações importantes conduzidas pela equipe especial de promotores contra a corrupção.
A suspensão de Colchado foi criticada por Marita Barreto, promotora coordenadora do Eficoop, que alega que se trata de uma retaliação ao coronel por suas investigações no combate à corrupção. A incerteza quanto à reintegração de Colchado evidencia as tensões políticas e institucionais presentes no Peru.
Neste contexto, a autonomia das instituições de combate à corrupção e a garantia da imparcialidade nas investigações se destacam como pontos essenciais para a manutenção do Estado de direito no país. A eventual reintegração de Harvey Colchado à Diviac poderá servir como um indicativo da independência e efetividade do sistema de justiça peruano.