Segundo Tuta, o pagamento foi feito de forma fracionada, com uma entrada de R$ 2 milhões e o restante sendo parcelado. A Rota, responsável por cumprir mandados de prisão na Operação Sharks, não conseguiu localizar o líder do PCC em seu endereço previsto, levantando suspeitas de vazamento de informações.
Investigações do Grupo de Atuação Especializado no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontaram que os PMs envolvidos no esquema faziam parte do setor de inteligência da Rota, realizando trabalhos velados. A falta de ação por parte do comandante da Rota na época, José Augusto Coutinho, irritou o Ministério Público de São Paulo, que acreditava que ele teria abafado o caso.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) foi questionada sobre o assunto, mas não emitiu comentários até o momento. A Polícia Militar afirmou que não compactua com desvios de conduta e que todas as denúncias são rigorosamente investigadas pela Corregedoria da instituição.
Tuta, que já foi considerado o número 1 do PCC nas ruas, é acusado de lavar mais de R$ 1 bilhão para a facção e foi condenado a 12 anos de prisão por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Ele teria sido expulso do PCC após enriquecer às custas da organização criminosa.
Além de Tuta, o líder do PCC conhecido como Cebola também teria escapado de uma operação do MPSP após informações vazadas por policiais da Rota. Os promotores acreditam que as ações da tropa de elite serviram para favorecer os criminosos, comprometendo a eficácia das operações de combate ao crime.