Uma funerária do Gama (DF) foi responsável pelo transporte do corpo até o Cemitério Jardim Metropolitano de Valparaíso do Goiás, que fica a cerca de 44,7 km da região central de Brasília. A chegada do carro da funerária ao crematório ocorreu por volta das 14h, acompanhado por um dos filhos de Francisco e outro parente. Após assinarem os documentos de liberação para a cremação do cadáver, os dois realizaram uma breve oração no cemitério, marcando a única cerimônia realizada no local naquele momento.
O clima era de respeito e tranquilidade, com poucas pessoas presentes. O filho de Francisco, que preferiu não se identificar, expressou sua gratidão pela compreensão e privacidade neste momento difícil para a família. Em menos de uma hora, já havia se retirado do local, levando consigo os pertences do pai, incluindo o paletó estampado com naipe de baralho que Francisco usava no momento do atentado.
Segundo informações obtidas pelo Metrópoles, as cinzas de Francisco serão entregues à família nesta sexta-feira, sem data marcada para uma outra cerimônia. Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, era natural de Santa Catarina e teve uma vida marcada pelo trabalho como chaveiro e pela tentativa frustrada de se eleger vereador em 2020.
O homem-bomba deixou sinais preocupantes de suas intenções suicidas, com mensagens de despedida e problemas pessoais não resolvidos. Sua morte por traumatismo cranioencefálico trouxe à tona as investigações sobre o atentado planejado por ele, que visava atingir o Supremo Tribunal Federal e seus ministros, incluindo Alexandre de Moraes.
Após a explosão, armadilhas com explosivos caseiros foram encontradas na quitinete onde Francisco morava, aumentando a tensão em torno de suas motivações e planos. O desfecho trágico da vida de Tiü França chocou seus familiares e a comunidade, que ainda busca compreender as razões por trás de suas ações.