Chanceler brasileiro critica ONU e FMI, defendendo reforma nas instituições globais durante cerimônia na revitalização do Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro.

Em uma declaração recente, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, abordou a necessidade urgente de reformar instituições globais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante a cerimônia de revitalização do Museu de Arte Moderna (MAM) no Rio de Janeiro, que sediará a próxima cúpula do G20, Vieira enfatizou que essas instituições já não refletem a complexidade e a diversidade do mundo contemporâneo. Ele argumentou que a arquitetura de governança global, que foi moldada há diversas décadas para um número muito menor de países, não atende mais à realidade de um mundo com 193 nações-membro.

Além de defender a reestruturação dessas organizações, o chanceler brasileiro destacou que o Brasil, em sua presidência rotativa do G20, pretende colocar em pauta essas reformas como prioridade. O G20, que representa cerca de 85% do PIB mundial e mais de 75% do comércio global, é um fórum de cooperação econômica vital, onde se tomam decisões importantes sobre questões econômicas internacionais. De acordo com Vieira, o grupo deve evoluir para se tornar uma representação mais genuína das realidades atuais, especialmente à luz das crescentes disparidades globais entre o Norte e o Sul.

A revitalização do MAM não se limitou apenas ao aspecto cultural, mas também foi vista como um simbolismo do Brasil se preparando para um papel mais ativo nas discussões globais. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, estiveram presentes na cerimônia, reforçando a importância do evento. Paes ainda ofereceu a cidade como sede para a próxima reunião do BRICS, na qual o Brasil assumirá a presidência em 2025.

Nesse momento decisivo, Vieira reiterou que a relevância das instituições como a ONU e o FMI deve ser reavaliada, uma vez que elas foram inicialmente projetadas para um contexto histórico diferente e não podem mais ser consideradas adequadas sem uma significativa atualização. A próxima reunião do G20, marcada para meados de novembro, é vista como uma oportunidade crucial para discutir essas questões e potencializar um novo paradigma de cooperação global.

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