Essa ação ocorre em um contexto mais amplo de mudanças nas dinâmicas de segurança na região do Sahel, onde várias nações, incluindo Mali, Burkina Faso e Níger, já haviam tomado medidas semelhantes e solicitado a saída das tropas francesas em seus territórios. Essas decisões refletem um crescente sentimento anti-francês e um desejo por maior autonomia em assuntos de defesa e segurança.
Historicamente, a presença militar da França no Chade remonta a 1960, ano da independência do país, quando tropas francesas estavam destinadas a auxiliar no treinamento e fortalecimento das forças armadas locais. No entanto, a relação entre a França e seus antigos territórios coloniais tem sido cada vez mais criticada, levando a uma série de mudanças de governo e à ascensão de líderes que se opõem à influência ocidental.
O governo do Chade, por meio de sua determinação de finalizar a parceria com as tropas francesas, sinaliza não apenas um afastamento do passado colonial, mas também uma tentativa de redefinir a estratégia de segurança do país em um cenário repleto de conflitos e insegurança, caracterizado por atividades de grupos extremistas na região do Sahel.
A mudança já provoca discussões sobre o futuro da segurança no Chade e suas relações internacionais, já que o país enfrenta questões internas complicadas e desafios significativos, incluindo a luta contra o extremismo e a necessidade de estabilização política. Como resultado, a retirada das tropas francesas pode abrir novos caminhos para acordos de segurança diferentes ou até mesmo para a aproximação com outras potências.