No dia do trágico evento, porém, apenas as vítimas estavam presentes no local, que foi utilizado unicamente por elas, sem a presença de convidados adicionais. Eles chegaram ao motel por volta das 17h, começando a ouvir música e a consumir bebidas alcoólicas, conforme o habitual. A ausência de outras pessoas no local no momento do crime pode ser um indicador importante para a linha de investigação adotada pela polícia.
Araújo revelou que uma das vítimas possuía uma ligação comprovada com o tráfico de drogas e uma organização criminosa local, sendo essa uma das hipóteses mais fortes para o motivador das execuções. Ele ainda mencionou que uma das vítimas respondia judicialmente por outro crime, que aparentemente não tem relação com a chacina, reforçando a tese de que o envolvimento com o tráfico foi o principal motor.
O motel onde ocorreu a chacina não tinha câmeras de videomonitoramento, um fator que pode complicar as investigações. As vítimas foram identificadas como Claudionor Antônio dos Santos, de 45 anos; Lucas Toledo dos Santos, de 23 anos; José Márcio dos Santos, de 28 anos; e José Wanderson da Silva, de 27 anos. Todos eram moradores do mesmo município e, conforme informações do Instituto Médico Legal (IML), seus corpos passaram por necropsia antes de ser liberados para sepultamento.
Desde o dia da declaração, as autoridades começaram a coletar depoimentos de testemunhas, uma etapa crucial para o esclarecimento do caso. A investigação está sob a responsabilidade da Diretoria de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e pela Diretoria de Inteligência da Polícia (Dinpol), comandadas pelos delegados Igor Diego Vilela e Thales Araújo, respectivamente.
Os primeiros relatórios sobre a dinâmica do crime indicam que dois homens, vestindo roupas camufladas e se identificando como membros da Polícia Federal, chegaram ao motel e perguntaram pelo proprietário de um veículo estacionado no local. Após isso, eles ordenaram que os ocupantes do quarto abrissem a porta. Uma vez dentro do cômodo, os homens instruíram as vítimas a se deitarem no chão com as mãos na cabeça antes de executá-las. Este método sugere um ataque premeditado e organizado, o que corre uma linha de investigação que busca rastrear a conexão entre as vítimas e qualquer possível envolvimento com atividades criminosas que possam ter motivado a chacina.
O caso, que chocou a população local, permanece sob investigação detalhada, com as autoridades empenhadas em desvendar todos os meandros dessa violenta execução.