De acordo com o relatório elaborado pela CGU, a irregularidade financeira se refere especificamente ao valor pago pelo concreto usinado, utilizado em estruturas como pontes, túneis e viadutos ao longo da estrada. O levantamento indicou que houve pagamentos duplicados, o que caracteriza uma falta de rigor na gestão e na fiscalização dos recursos públicos. Essa prática não só compromete a integridade do orçamento destinado às obras, mas também gera desconfiança em relação à supervisão do Dnit.
O projeto em questão integra uma proposta mais ampla, que inclui a implantação de novos trechos, a duplicação das pistas existentes, a pavimentação de trechos que carecem de melhorias, além das melhorias na segurança viária e a ampliação da capacidade da rodovia. Tais intervenções são parte do arcabouço do Arco Metropolitano de Maceió, um projeto que visa dinamizar o tráfego e fomentar o desenvolvimento urbano na região metropolitana.
A descoberta de um sobrepreço expressivo nesse contexto levanta sérias questões a respeito da transparência e da eficiência na utilização dos recursos do governo. A continuidade de tais práticas pode dificultar a execução de projetos futuros e erosionar a confiança da população nas instituições responsáveis pela infraestrutura do país. No cenário atual, em que a necessidade de investimento em obras públicas é constante, a fiscalização e a boa gestão dos recursos são mais essenciais do que nunca. As revelações da CGU, portanto, não podem ser ignoradas e devem servir como um alerta para que sejam adotadas medidas de correção e vigilância mais robustas em relação ao uso do dinheiro público.