Cessar-fogo em Gaza: um mês após acordo, 271 palestinos são mortos e ataques israelenses persistem. Comunidade internacional clama por soluções duradouras.

A situação na Faixa de Gaza continua alarmante, mesmo após um mês do cessar-fogo acordado entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que entrou em vigor no dia 10 de outubro. Este acordo, mediado por potências internacionais como Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia, pretendia trazer um alívio a um conflito que já se arrastava por dois anos, mas os desdobramentos recentes indicam que a paz plena ainda está distante.

Desde a implementação do cessar-fogo, dados de organizações locais revelam que pelo menos 271 palestinos foram mortos, entre eles 107 crianças, 39 mulheres e 9 idosos. De acordo com o Hamas, essa tragédia representa não apenas uma perda de vidas, mas uma evidência da política de ocupação e do que consideram assassinato sistemático contra civis desarmados. O grupo alega que, destes mortos, 58% são pessoas vulneráveis – crianças, mulheres e idosos, o que levanta sérias questões sobre a segurança civil em uma região já devastada.

O presidente Donald Trump anunciou a primeira fase do cessar-fogo, que incluía um término imediato das hostilidades e a libertação de aproximadamente 2 mil prisioneiros palestinos, após a devolução de reféns a Israel. Entretanto, mesmo com o acordo em vigor, o governo israelense, por meio do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, justifica novos ataques como uma resposta a supostas violações do Hamas, que nega ter descumprido os termos acordados.

Adicionalmente, as entregas de ajuda humanitária na região têm sido deficientes, com menos de 200 caminhões diários chegando, uma quantidade significativa abaixo daquilo que havia sido combinado. O Hamas também criticou a situação, afirmando que apenas 40% da ajuda efetiva chegou à população, enquanto o restante das remessas é considerado comercial e, em muitos casos, falsamente classificado como assistência humanitária.

Os efeitos do conflito são devastadores para a população civil, que já enfrenta enormes dificuldades em acessar necessidades básicas. Com a destruição de cidades e a desintegração da infraestrutura, a situação humanitária está se tornando cada vez mais crítica. O futuro da região é incerto, e a promessa de um acordo de paz duradouro parece um desafio monumental em meio a tanto sofrimento e desconfiança mútua.

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