Cerrado registra mais focos de calor em 2024 do que em todo o ano passado, com aumento de 101% nas queimadas.



Os registros de focos de calor no Cerrado ao longo de 2024 ultrapassaram os números do ano anterior, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entre 1º de janeiro e 13 de setembro, o bioma já contabilizou 58.597 focos de queimadas, um aumento de 101% em relação ao mesmo período de 2023. A situação é agravada pela seca que atinge a região, que abrange diversos estados brasileiros.

No ano passado, o Cerrado teve um total de 50.713 focos de calor, sendo setembro o mês com maior incidência, com 13.230 focos. Esse aumento nas queimadas em 2024 está relacionado à seca e às altas temperaturas observadas na região. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta amarelo para baixa umidade, abrangendo os estados do Cerrado.

Uma das áreas afetadas pelo fogo foi a Floresta Nacional de Brasília (Flona), que teve cerca de 50% de sua área de preservação destruída em três dias de incêndio. A ação conjunta do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal conseguiu controlar a situação, suspeitando-se de incêndio criminoso.

Na Flona, dos 5.640 hectares, aproximadamente 2.655 hectares foram impactados pelo fogo. Além disso, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, também enfrentou queimadas em setembro, com estimativas de cerca de 10 mil hectares destruídos. A administração da unidade de conservação está avaliando os danos causados pelo fogo.

O aumento significativo nos focos de calor no Cerrado em 2024 ressalta a urgência de medidas de prevenção e combate a incêndios, bem como a necessidade de conscientização sobre a preservação desse importante bioma brasileiro. Ações coordenadas entre órgãos ambientais e sociedade civil são essenciais para proteger o Cerrado e sua biodiversidade única.

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