Cerca de 70% dos franceses duvidam da capacidade de François Bayrou para restaurar a estabilidade política no país após sua nomeação como primeiro-ministro.

Uma recente pesquisa levantou preocupações em relação à nova administração política na França, onde quase 70% da população expressa ceticismo quanto à capacidade do novo primeiro-ministro, François Bayrou, de restaurar a estabilidade política que o país tanto anseia. O estudo, que ouviu 1.009 cidadãos franceses, revelou que 67% dos entrevistados não acreditam que Bayrou conseguirá restabelecer a confiança governamental. A pesquisa foi conduzida pela Elabe e divulgada pela BFMTV, mas não informou sua margem de erro.

Além disso, o levantamento trouxe à tona outra questão: 52% das pessoas também duvidam da habilidade do novo premiê de formar um gabinete amplo e de negociar eficazmente um acordo com a oposição sobre o projeto de lei orçamentária para 2025. Esses dados refletem um panorama de incerteza em um momento crítico para a política francesa.

François Bayrou, que é o líder do partido centrista Movimento Democrático (MoDem), foi nomeado primeiro-ministro pelo presidente Emmanuel Macron no dia 13 de dezembro, uma escolha que ocorre em meio a uma crise política aguda, que se intensificou após a renúncia do seu antecessor, Michel Barnier. Barnier foi deposto após um voto de desconfiança na Assembleia Nacional, um evento que não ocorria desde 1962 e que evidencia a grave instabilidade enfrentada pelo governo francês.

A ascensão de Barnier ao cargo de primeiro-ministro foi marcada por protestos populares, especialmente após Macron decidir não nomear Lucie Castet, líder da maior coalizão de oposição no parlamento, para o cargo, o que intensificou a já crescente insatisfação da população.

O clima de incerteza não se limita apenas a questões de governança, mas também reflete um descontentamento generalizado com a política em nível europeu, onde as instituições estão sendo constantemente questionadas. A capacidade de François Bayrou de formar um governo coeso e de trazer estabilidade a um país dividido é uma incógnita, e os próximos meses serão cruciais para o futuro político da França.

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