A elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi interpretada como uma estratégia do governo para tentar equilibrar as contas públicas, mas, segundo líderes do Centrão, essa ação marcou uma quebra de diálogo na condução da política econômica. Um parlamentar, que faz parte da base e tem ministério, expressou sua insatisfação ao afirmar que essa mudança ocorreu sem qualquer consulta prévia aos aliados. “Nos últimos dois anos, todas as ações tomadas pelo Haddad foram discutidas conosco, mas, desta vez, a decisão foi unilateral”, declarou.
Esta movimentação do governo é vista, por alguns, como uma oportunidade para reavaliar a política econômica do país. Um membro da Câmara apontou que o aumento do IOF, embora significativo, é apenas uma fração do problema fiscal que o Brasil enfrenta. “Não se pode ignorar que há outras formas de se ajustar as contas, como, por exemplo, a elevação da Selic pelo Copom, que impacta de forma similar”, ele sublinhou.
Além disso, o líder do Republicanos na Câmara, Gilberto Abramo, manifestou sua desaprovação em relação ao aumento de impostos, ressaltando que o Brasil precisa de medidas estruturais e não de um aumento na carga tributária. Ele chamou a atenção para o fato de que, mesmo enfrentando pressões e restrições orçamentárias anteriormente, os parlamentares se sentem desprotegidos e insatisfeitos com a atual posição do governo em relação ao IOF.
Em um recente discurso, Hugo Motta também enfatizou a importância de medidas assertivas para cortar gastos, sugerindo uma compreensão compartilhada entre os membros da base sobre a necessidade de uma abordagem mais estratégica. A audiência, agendada para as 18h deste domingo, contará com a presença, além de Haddad e Motta, do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e líderes de outros partidos governistas no Congresso, em busca de alternativas ao controverso aumento do imposto. A expectativa é que este encontro possa facilitar um diálogo mais produtivo e restaurar a confiança entre a base e o governo.
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