Centenas de Movimentos Sociais Ocupam Centro de Maceió em Protesto por Reivindicações Agrárias e Direitos Rurais na Semana Camponesa.

Na tarde desta terça-feira, 22 de outubro, o centro de Maceió foi palco de uma mobilização significativa, onde mais de dois mil integrantes de movimentos sociais e trabalhadores rurais tomaram os espaços públicos da cidade. O ato, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), teve como destino a Superintendência do Incra. A manifestação foi uma das várias iniciativas programadas para a Semana Camponesa, um período dedicado à luta pela Reforma Agrária e ao fortalecimento dos direitos dos trabalhadores do campo.

O que se viu foi uma verdadeira invasão pacífica, onde os manifestantes se acomodaram no calçadão em frente ao órgão responsável pela gestão fundiária, dificultando a circulação de pedestres e veículos na área. Com bandeiras e faixas, os participantes exigiam a aceleração dos processos de reforma agrária e a regularização de assentamentos, enfatizando as necessidades urgentes de milhares de famílias que ainda vivem em acampamentos precários pelo estado.

Alguns integrantes do grupo conseguiram adentrar a sede do Incra, enquanto outros permaneceram no calçadão, demonstrando a disposição de um movimento que já se consolidou como um dos principais representantes da luta social em Alagoas. Imagens da manifestação mostram a mobilização organizada e a diversidade do público presente, que inclui trabalhadores rurais de diferentes origens.

Os organizadores do ato planejam continuar a mobilização, que se estenderá durante a noite e contará com uma assembleia no dia seguinte, onde os próximos passos e estratégias serão discutidos. A intenção é que a pressão sobre as autoridades locais seja mantida, buscando resolver um conjunto de demandas, entre elas, a melhoria das condições de vida nos assentamentos e a solução para as pessoas que ainda habitam acampamentos.

O MST, em parceria com outras organizações, faz questão de ressaltar que esta é uma ação de continuidade. Renildo Gomes, da direção nacional do MST, afirmou que “essa não é a primeira vez que ocupamos o Incra este ano e, se nossas demandas não forem atendidas, não será a última”. Essa determinação reflete um movimento que, além de reivindicar, busca fazer valer seus direitos e promover mudanças sociais significativas no campo brasileiro.

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