De acordo com o levantamento censitário, as localidades indígenas incluem aglomerados permanentes com 15 ou mais moradores indígenas, abrangendo desde aldeias e comunidades até acampamentos e instituições de acolhimento. Essas formas de organização socioespacial refletem a diversidade e a presença dessas populações em áreas urbanas e rurais.
O estado do Amazonas se destaca como o líder em número de localidades indígenas, totalizando 2.571 registros, o equivalente a 30% do total. Em seguida, Mato Grosso, Pará e Maranhão também apresentam números expressivos, evidenciando a distribuição dessas comunidades pelo país.
É importante ressaltar que do total mapeado, 71,55% das localidades estão localizadas em terras indígenas regularizadas ou em processo de regularização, enquanto 28,44% encontram-se fora dessas áreas demarcadas. Essa divisão reflete a complexidade dos desafios enfrentados pelas populações indígenas em relação à garantia de seus territórios e direitos.
Além disso, o IBGE revelou os números de localidades indígenas que estão fora das terras demarcadas, com o Amazonas liderando novamente com 1.077 registros, seguido por Pernambuco, Pará, Ceará e Bahia. Esses dados evidenciam a diversidade e a presença marcante das comunidades indígenas em diferentes regiões do país.
Diante dessas informações, o Censo Demográfico de 2022 se mostra como uma ferramenta fundamental para compreender a realidade e as especificidades das comunidades indígenas no Brasil, ressaltando a importância da preservação de suas identidades e territórios.
