Entre as comunidades mais populosas de Maceió, destacam-se o Vale do Reginaldo, a Grota do Cigano e a Grota da Alegria B, formando o núcleo habitacional principal da cidade. Um dado interessante é que a demografia dessas localidades indica um perfil mais jovem do que a média geral do estado. Aproximadamente 25% da população das favelas é composta por crianças na faixa etária de 0 a 14 anos, enquanto jovens de 15 a 24 anos representam cerca de 18,4%. Por outro lado, a população idosa, com 60 anos ou mais, conta com cerca de 9,45% dos habitantes.
Complicando ainda mais o cenário social, o IBGE destaca que a mediana da idade nas favelas alagoanas é de 28 anos, inferior à mediana do estado, que é de 32 anos e à média nacional. A população de favelas em Alagoas é, predominantemente, parda, correspondendo a mais de 60%, e mais da metade dos habitantes (51,79%) é do sexo feminino. A taxa de analfabetismo entre os moradores de 15 anos ou mais é de 18%, o que está em níveis semelhantes à média do estado.
No que diz respeito à infraestrutura, os dados revelam que cerca de 71,3% das residências nas favelas têm acesso à rede de água tratada, embora 19,2% ainda dependam de fontes alternativas, como poços. A coleta de lixo abrange 92% dos domicílios, mas 7% ainda descartam resíduos em áreas públicas. Quanto ao esgotamento sanitário, um alarmante 35,3% das residências não dispõe de serviços adequados, utilizando fossas rudimentares.
As favelas alagoanas abrigam um total de 8.251 estabelecimentos, abrangendo diversos serviços, desde farmácias e lojas até escolas e unidades de saúde. Entre as dez favelas mais populosas, Maceió se destaca com comunidades como o Vale do Reginaldo, que possui 4.777 habitantes, seguida pela Grota do Cigano e Grota da Alegria B. Essa realidade evidencia a complexidade social e as necessidades urgentes que predominam nessas localidades, ressaltando a importância de políticas públicas efetivas voltadas para essas comunidades.