Censo 2022 Revela Crescimento Acelerado da População em Favelas do Brasil, Totalizando 16,4 Milhões de Moradores em 12.348 Comunidades Urbanas.

A realidade das favelas no Brasil é um tema que requer atenção constante, e os dados mais recentes do Censo Demográfico de 2022 trazem à tona um crescimento alarmante da população dessas comunidades. De acordo com os resultados, cerca de 16,4 milhões de pessoas, o que representa 8,1% da população total do país, residem em favelas, um aumento em comparação com a década anterior, quando o número de moradores era de aproximadamente 11,4 milhões, o que correspondia a 6% da população nacional.

Esse fenômeno é acompanhado pelo aumento do número de favelas e comunidades urbanas, que saltou de 6.329 em 2010 para um total de 12.348 identificadas atualmente. Essa ampliação é atribuída a um melhoramento nas técnicas de coleta de dados censitários e a um maior conhecimento do território, permitindo assim uma cartografia mais precisa das áreas de moradia popular.

Entre as comunidades, a Rocinha, localizada no Rio de Janeiro, se destaca como a mais populosa, com cerca de 72.021 habitantes, seguida por Sol Nascente, em Brasília, que abriga 70.908 moradores. Em termos de distribuição geográfica, os estados com a maior concentração de moradores em favelas incluem Amazonas (34,7%), Amapá (24,4%) e Pará (18,8%), evidenciando uma disparidade significativa entre as regiões do país.

Outro ponto relevante é que a idade média dos habitantes das favelas é inferior à média nacional. Enquanto a idade mediana da população geral é de 35 anos, nas comunidades mencionadas, esse número cai para 30 anos. Além disso, a maioria da população se autodeclara como pretos e pardos, representando cerca de 73%, um dado que ressalta as questões raciais e sociais que permeiam essas áreas.

Esses números revelam não apenas a realidade desafiadora enfrentada por milhões de brasileiros, mas também a necessidade de políticas públicas mais eficazes que abordem as necessidades dessas comunidades, assegurando melhores condições de vida e igualdade de oportunidades para todos. O aumento da população nas favelas é um chamado à ação para governos e sociedade civil, enfatizando a urgência de uma resposta coordenada que promova inclusão e justiça social.

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