O retorno de Céline aos palcos era aguardado com grande expectativa, especialmente porque a artista estava afastada há dois anos devido a problemas de saúde. Em 2022, Céline teve que cancelar uma série de compromissos profissionais após revelar que sofria da síndrome da pessoa rígida (SPR). Esta doença degenerativa, rara e incurável, provoca dores e rigidez muscular, afetando aproximadamente uma ou duas pessoas em cada milhão.
A trajetória da cantora desde o diagnóstico até seu retorno aos palcos foi documentada no filme “Eu sou: Celine Dion”, dirigido por Irene Taylor e disponível no Amazon Prime Video. No documentário, Céline aborda com franqueza sua luta contra a condição neurológica, permitindo que os espectadores compreendam a profundidade de seu desafio. Uma das cenas mais impactantes do filme é um episódio de 10 minutos mostrando uma crise de espasmos, um momento que contrastou fortemente com a alegria da cantora em um estúdio musical.
Apesar dos momentos de vulnerabilidade, o documentário também destaca a determinação de Céline em superar as adversidades e retornar a sua profissão. Em uma das passagens mais emocionantes, a artista comenta: “Fazer um show é fácil. O difícil é cancelar um show. Ainda me vejo dançando e cantando. Se eu não posso correr, eu ando. Se eu não posso andar, eu engatinho. Só não posso parar.” Esta frase refletiu seu espírito resiliente durante o evento de abertura das Olimpíadas.
O filme também é enriquecido com depoimentos gravados na mansão da cantora em Las Vegas e imagens de arquivo, que capturam sua jornada desde a adolescência. Uma entrevista da juventude de Céline revela um sonho premonitório: “Meu sonho é me tornar uma estrela internacional e poder cantar até o fim.”
Além de Céline, a abertura das Olimpíadas também contou com um tributo de Lady Gaga a Zizi Jeanmaire, uma renomada estrela do balé francês, demonstrando que a noite foi repleta de homenagens às grandes lendas da França e da música internacional.
A performance de Céline Dion na Torre Eiffel será lembrada não apenas como um retorno triunfal, mas como um símbolo da perseverança e paixão inabalável que definem sua carreira.