Com um tom incisivo, a nota emitida esclarece que a utilização da música não foi aprovada sob nenhuma circunstância, e que Celine Dion não apoia este, nem qualquer outro uso semelhante de sua obra. A mensagem encerrou com uma pitada de ironia ao questionar: “E, jura, ESSA música?”.
“My Heart Will Go On”, canção emblemática que integrou a trilha sonora do filme “Titanic”, comemorou 25 anos de seu lançamento no ano passado. Este marco histórico na carreira da cantora canadense revelou-se um momento agridoce, pois coincidentemente, Celine Dion também vinha travando uma batalha pessoal, enfrentando uma rara condição neurológica conhecida como síndrome da pessoa rígida.
Essa doença, de natureza autoimune, é extremamente rara, afetando aproximadamente uma a cada um milhão de pessoas, sendo duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. Entre os sintomas mais evidentes da síndrome, destacam-se a rigidez muscular nos membros e no tronco, além de uma sensibilidade exacerbada a ruídos, toques e estresse emocional. Tais estímulos podem provocar dolorosos espasmos involuntários nos músculos dos portadores da condição.
Mesmo diante dos desafios impostos pela doença, Celine Dion continuou se esforçando para manter sua carreira ativa. Um exemplo disso foi sua emotiva apresentação na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, ocorrida em 26 de julho.
O anúncio da cantora sobre o uso indevido de sua música em um evento político de tamanha repercussão ressalta a importância do respeito aos direitos autorais e à integridade dos artistas. Ademais, sublinha sua postura firme em dissociar sua arte de contextos políticos com os quais não se identifica. Esta postura torna-se ainda mais significativa dado seu atual momento pessoal, enfrentando uma delicada condição de saúde enquanto continua a tocar corações ao redor do mundo com sua música inigualável.
-
Edu Guedes se recupera de cirurgia no pâncreas e afirma: “Não é o fim, é um recomeço”
-
-
-
