Nesta sessão, a defesa da parlamentar foi feita por meio de uma videoconferência, uma vez que Carla Zambelli se encontra detida na Itália, onde foi presa após deixar o Brasil. Ela aguarda agora o desfecho de um processo de extradição movido pelo governo brasileiro, após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A prática, considerada uma grave violação, levou também à imposição de uma multa e à perda do cargo por parte da deputada.
O relator do caso, Claudio Cajado, do Progressistas (PP-BA), afirmou que a ação da CCJ é um passo necessário para a preservação da ordem e da ética no exercício da função pública. Ele frisou a importância de reverberar uma posição clara de que atos ilícitos, especialmente de figuras públicas, não serão tolerados.
A votação anterior, realizada para barrar a cassação, proposta pelo deputado Diego Garcia, do Republicanos (PR), não obteve sucesso, acentuando a divisão entre os parlamentares a respeito do caso. Para que a cassação se torne definitiva, será necessária a aprovação no plenário da Câmara, que requer uma maioria absoluta de 257 votos entre os 513 deputados.
Diante de todas essas circunstâncias, a situação de Carla Zambelli é um reflexo não apenas da sua trajetória política, mas também das tensões que permeiam o atual ciclo político no Brasil. O desfecho desse caso pode ter impactos significativos nas discussões sobre responsabilidade política e a vigilância constante necessária para a manutenção da democracia no país. O cenário permanece dinâmico, e a atenção do público se volta para os próximos passos na Justiça e na Câmara dos Deputados.










