CBF Anuncia Ranking de Árbitros e Inicia Processo de Profissionalização até 2026 para Aprimorar a Arbitragem do Futebol Brasileiro



A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está prestes a anunciar uma inovação significativa no cenário da arbitragem nacional: o ranking de árbitros do futebol brasileiro. Previsto para ser divulgado entre outubro e novembro, esse ranking representará uma “cotação” para cada profissional, levando em conta as avaliações feitas por três fatores principais: observadores de campo, analistas de vídeo e analistas de VAR. Este sistema já se encontra em funcionamento e tem influenciado as escalas de juízes para os jogos da Série A do Campeonato Brasileiro.

Esse movimento é parte de um plano mais amplo da CBF, que visa a profissionalização da arbitragem até o final de 2026. O objetivo é formar o primeiro grupo de árbitros profissionais, um passo crucial que também envolve a regulamentação da profissão, uma vez que os árbitros, atualmente, atuam sem vínculos empregatícios, recebendo remuneração apenas por jogo. A média salarial dos árbitros da Série A que mais atuam gira em torno de R$ 15 mil mensais, um valor considerado insuficiente para um modelo que busca a dedicação exclusiva à atividade.

Como parte do esforço para transformar a arbitragem em uma ocupação profissional, a CBF está estudando a implementação de contratos temporários para esse “primeiro grupo” de árbitros. Até o final da semana, uma intensa série de treinamentos práticos e teóricos será realizada no Rio de Janeiro, oferecendo formação para 64 árbitros da Série A, incluindo juízes e assistentes de VAR.

Rodrigo Cintra, coordenador-geral da comissão de arbitragem da CBF, destacou a importância da profissionalização ao afirmar que o objetivo é permitir que os árbitros vivam exclusivamente da arbitragem, sem a necessidade de buscar outras profissões. Hoje, muitos árbitros, principalmente os iniciantes ou aqueles que atuam em divisões inferiores, precisam complementar suas rendas com outros empregos.

Além disso, a CBF incorporou novos recursos tecnológicos, como 30 coletes da marca Catapult, que auxiliarão no controle físico e técnico dos árbitros. O uso de dispositivos como smartwatch para monitorar desempenho físico também está em pauta, juntamente com um sistema de acompanhamento desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora, que visa analisar a performance e a condição física dos árbitros de elite.

A CBF busca não apenas melhorar a qualificação dos árbitros, mas também criar um ambiente de treinamento que se assemelhe ao de um clube profissional, com sessões prolongadas de treinos semelhantes a uma intertemporada. A expectativa é que essa transformação traga um avanço significativo à arbitragem brasileira, refletindo não só no desempenho em campo, mas também na valorização dos profissionais envolvidos.

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