Mesmo com o afastamento de Candançan, a CBF optou por manter os outros membros da equipe de arbitragem, incluindo a árbitra de vídeo Daiane Muniz, uma decisão que chamou a atenção de muitos observadores do futebol. Para aumentar a transparência sobre a situação, a confederação decidiu divulgar os áudios da comunicação entre o árbitro principal e o VAR (árbitro de vídeo), permitindo que o público tenha um entendimento mais claro sobre os motivos que levaram à anulação do gol.
A situação gerou um forte descontentamento por parte do Grêmio, que não hesitou em formalizar um protesto contra a atuação da arbitragem. Dirigentes do clube se deslocaram até o Rio de Janeiro para se reunirem com a comissão responsável pela arbitragem da CBF, em busca de esclarecimentos e, possivelmente, de uma resposta oficial em relação à questão. Entre os especialistas, houve um consenso em relação à legitimidade do gol, o que também aumentou a pressão sobre a CBF.
Após a partida, a súmula do jogo registrou que a equipe de arbitragem enfrentou agressões verbais e objetos arremessados por parte dos torcedores, evidenciando a tensão que a decisão provocou. Essa situação não apenas reacende o debate sobre a qualidade da arbitragem no futebol brasileiro, mas também levanta questões sobre a necessidade de uma revisão nos procedimentos e treinamentos oferecidos aos árbitros, especialmente em jogos decisivos como os das fases eliminatórias da Copa do Brasil. A expectativa agora é que a CBF conclua sua análise e apresente medidas que possam evitar que incidentes semelhantes voltem a ocorrer no futuro.