O primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, também se pronunciou na mesma sessão. Ele destacou a notória presença da delegação do Hamas em Doha, afirmando que a localização onde membros do grupo político se encontravam não era um segredo. Os integrantes do Hamas, juntamente com suas famílias, residiam em áreas conhecidas, frequentemente visitadas por jornalistas e diplomatas, e isso exacerba a complexidade da situação.
Al Thani sublinhou a contradição de ocorrerem ataques contra mediadores em solo qatari, enquanto as negociações tentavam buscar uma resolução pacífica para o conflito. Esse contexto é ainda mais dramático após o ataque israelense ocorrido na última terça-feira, que resultou na morte de negociadores do Hamas, provocando uma forte reação internacional.
Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, endureceu seu discurso, lançando um ultimato ao Catar. Ele declarou que o país deveria adotar medidas efetivas contra a liderança do Hamas ou enfrentar as consequências de ações militares por parte de Israel. Netanyahu comparou a determinação de seu governo em retaliar o Hamas com as respostas dos Estados Unidos após os ataques de 11 de setembro, sugerindo que ações enérgicas seriam inevitáveis.
Essa postura de Israel é particularmente contraditória, considerando as promessas feitas anteriormente pelo presidente dos Estados Unidos ao emir do Catar. O cenário se torna cada vez mais tenso, com implicações para toda a região, à medida que as negociações de paz enfrentam desafios significativos e a dinâmica de poder se desenrola em um cenário volátil. A situação continua a evoluir, deixando a comunidade internacional em alerta sobre os desdobramentos futuros.