O foco principal das investigações é o Centro de Pesquisa em Saúde Animal, situado no campus da Universidade Autônoma de Barcelona. De acordo com as autoridades, a análise inicial do surto sugere que a origem pode estar relacionada a atividades de laboratório, uma vez que a composição genética da cepa do vírus identificada na Catalunha apresenta diferenças significativas em relação àquelas atualmente em circulação em outros países europeus.
Anteriormente, a principal teoria para a forma como a peste suína africana havia chegado à região incluía a hipótese de um sanduíche em condições inadequadas de conservação, trazido de fora da União Europeia. Em resposta a essas preocupações, Illa ressaltou a importância das auditorias, informando que as instalações afetadas são limitadas em número: “Solicitamos uma auditoria de todas as instalações, de todos os centros que, na zona de risco de 20 quilômetros, trabalham com o vírus da peste suína africana. Existem apenas alguns centros, não mais do que cinco”, declarou.
Apesar das suspeitas relacionadas ao vazamento, cerca de 80 mil porcos de 55 fazendas que se encontram na área de risco permanecem saudáveis e prontos para serem destinados ao consumo humano, sempre seguindo rigorosos protocolos de segurança.
Até o momento, os dados mais recentes indicam que o vírus foi identificado apenas em 13 javalis mortos nas proximidades de Barcelona, representando o terceiro surto conhecido na Espanha desde 1994. Embora a peste suína africana não represente uma ameaça para os seres humanos, a doença é extremamente letal para porcos e javalis, com uma taxa de mortalidade que alcança quase 100%. A situação exige uma atenção redobrada não apenas das autoridades catalãs, mas também de outros países europeus, que devem se preparar para a possibilidade de uma propagação da doença.









