Em um dia fatídico que deveria ser de celebração pela sua decisão de melhorar a autoestima, Paloma entrou em estado crítico durante o procedimento e, apesar da rápida mobilização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), chegou ao Hospital Municipal do Tatuapé já sem vida. De acordo com o boletim de ocorrência, as causas da morte estão sendo apuradas, com a suspeita de embolia pulmonar relacionada ao procedimento.
Os desdobramentos do caso se intensificaram quando foi revelado que um grupo de WhatsApp, criado para discutir procedimentos estéticos e proporcionar suporte entre pacientes, continuou ativo mesmo após a morte de Paloma. Poucas horas depois do ocorrido, um aviso enviado por uma assessora do médico Josias Caetano, que realizava o procedimento, esclareceu que o grupo era exclusivamente para pacientes do doutor, restringindo a comunicação apenas aos administradores e eliminando qualquer discussão entre os membros. Essa mudança ocorreu logo após a morte de Paloma, evidenciando uma possível tentativa de controlar a situação e evitar questionamentos.
Os registros de mensagens do grupo indicam que, antes da tragédia, os participantes discutiam planos e valores de tratamentos estéticos. Muitos deles demonstravam interesse em procedimentos similares e utilizavam o espaço para esclarecer dúvidas. Paloma, que já havia realizado a transação financeira para o procedimento via transferências bancárias, representa uma entre muitas mulheres que buscam pelas promessas de transformação estética, levantando questionamentos sobre a segurança e a ética nas práticas de procedimentos cosméticos.
A morte de Paloma Lopes Alves não apenas deixou uma lacuna na vida de seus familiares e amigos, mas também expôs a necessidade urgente de regulamentações mais rigorosas em procedimentos estéticos e vigilância sobre clínicas que operam sem a devida responsabilidade, visando garantir a segurança das pessoas que buscam esses tratamentos tão populares em nossos dias.