Os acusados responderão por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menores e aborto provocado por terceiro. O promotor de Justiça Sitael Jones Lemos, representando o Ministério Público do Estado de Alagoas, assume papel crucial na acusação, trazendo à tona detalhes sombrios do caso, que foram amparados por um volumoso processo de mais de 4,7 mil páginas.
A narrativa desenhada pela promotoria revela que Roberta foi atraída para uma emboscada por Saullo, então namorado da jovem e filho de Mary Jane, sob o pretexto de uma consulta pré-natal. No local, ela teria sido violentamente asfixiada com um fio por Karlo, escondido no porta-malas do carro. O crime, segundo as investigações, foi maquiavelicamente premeditado devido à resistência de Roberta em fazer um aborto indesejado por Mary Jane e seu filho.
Os restos mortais de Roberta só foram encontrados nove anos após o crime, na Praia do Pontal do Peba, em Piaçabuçu. A descoberta ocorreu após a localização de um crânio, o que levou a mãe da vítima a providenciar os recursos necessários para a escavação e, posteriormente, a identificação formal pela Perícia Oficial.
O caso ganha relevância não apenas por sua brutalidade, mas também pelas complexas motivações familiares e sociais que o envolvem, destacando a vulnerabilidade de jovens em situações de risco e as consequências trágicas de decisões impensadas e cruéis. O julgamento promete trazer à luz os detalhes obscuros deste caso impactante, com a sociedade aguardando justiça para Roberta e seu bebê.