O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, deputado Alfredo Gaspar, deixou claro que não existe espaço para acordos políticos que visem proteger ou perseguir pessoas no andamento das investigações. Segundo ele, a linha de trabalho definida é de ouvir todos que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos.
Alfredo Gaspar ressaltou que a CPMI precisa trabalhar com seriedade e independência:
“Discordo completamente de qualquer acordo prévio para proteger ou perseguir quem quer que seja. CPI ou CPMI não é local de proteção. Quem tiver condições de contribuir na investigação, seja como testemunha ou investigado, será chamado. Inclusive, antes de ser relator, como membro, tinha feito pedido de convocação do Frei Chico, irmão do Lula. Na hora certa, todos serão ouvidos”, afirmou.
Nesta quinta-feira, a CPMI volta a se reunir e deve ouvir as primeiras testemunhas do rombo bilionário do INSS. A primeira a falar será a defensora pública Patrícia Bettin Chaves a partir das 9h. Ela já atuava contra descontos irregulares nos benefícios previdenciários antes da Operação Sem Desconto da Polícia Federal (PF), iniciada em abril, que trouxe o esquema à tona. Outra parte da reunião será secreta para que os parlamentares ouçam também o delegado responsável pela operação, Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi.
Sobre as futuras sessões da Comissão, o relator explicou que o que foi aprovado o até agora é apenas é a ida de ex-ministros da Previdência, presidentes do INSS, representantes da Dataprev, técnicos que já atuaram no caso, integrantes da operação Sem Desconto, além de dirigentes de sindicatos e associações. Também está incluído o núcleo criminoso já identificado, entre eles Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como ‘Careca do INSS” e Maurício Camisotti, empresário do setor da saúde.
*Com Assessoria